segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Maio oito meia (7) - Era um filme de Godard

Primeiro ano da Nova República. O País vivia o transe total do Plano Cruzado e avistava com certa desconfiança o futuro da economia. O governo do então presidente José Sarney era de incertezas, apesar da lua de mel do congelamento de preços. Líquida e certa mesmo só a fé na conquista do tetra campeonato de futebol no México. Sarney, bombardeado noite e dia pelo PMDB de Ulysses Guimarães e acossado pelas instituições da República, experimentava os primeiros dissabores do cargo.

Pressionado pela Igreja Católica, e contrariando o que havia dito o ministro Lyra em nome da abertura política, o presidente Sarney decidira, em fevereiro de 1986, proibir a exibição pública no Brasil do filme “Je vous salue, Marie” (França, 1985), do cineasta franco-suíço Jean-Luc Godard. A mesma estética provocadora, às vezes anárquica, usada por Godard em outros filmes que o consagraram como um dos maiores cineastas da segunda metade do século 20 estava presente no longa-metragem que expunha uma Virgem Maria de carne e osso.

Leia mais em maiooitomeia.com.br.

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

O Maranhão com brilho



“Uma estreia com direção certeira”. Com esse título, o crítico de cinema Daniel Shenker faz uma avaliação positiva do longa-metragem “O exercício do caos”, do maranhense Frederico Machado, no caderno Rio Show, do Globo, edição de hoje. Segundo Shenker, Frederico demonstra domínio das ferramentas cinematográficas, com bem construídas passagens sem fala e expressiva fotografia.

De acordo com a crítica, “O exercício do caos” representa o Maranhão com brilho. “É uma iniciativa de pequeno porte que presta uma importante contribuição ao atual panorama do cinema brasileiro”, analisa Shenker, que recomenda o filme com aplauso do famoso Bonequinho do Globo.

“O exercício do caos” estreia hoje nos cinemas do Rio. Em São Luís, o filme está em cartaz no Cine Lume, Cine Praia Grande e no Kinoplex Shopping da Ilha.

O longa conta a história de um pai autoritário que vive com suas três filhas adolescentes em uma fazenda isolada no interior do Maranhão. As meninas sofrem com a ausência da mãe, supostamente desaparecida, e ao mesmo tempo precisam lidar com a exploração de um capataz, que se aproveita da sua inocência e fragilidade.

Além da direção geral, Frederico Machado assina o roteiro e a fotografia do filme. No elenco estão Auro Juriciê, Elza Gonçalves, Di Ramalho e Thalyta Sousa.

Os 70 anos de Turíbio Santos



Aos 70 anos, o violonista maranhense Turíbio Santos será homenageado hoje à noite dentro da programação do Festival Villa-Lobos, ao lado da Orquestra Sinfônica Brasileira. O concerto está marcado para as 20h no Espaço Tom Jobim.

Reconhecido como um dos maiores violonistas brasileiros, Turíbio Santos está preparando a sua biografia, que deve ser lançada em março de 2014 (provavelmente no dia 7, data em que o músico de fato completa os 70 anos).

As informações sobre a homenagem a Turíbio Santos estão no Segundo Caderno do jornal “O Globo” de hoje (veja o link).

A propósito, Turíbio assina o prefácio do livro “João Pedro Borges, violonista por excelência”, biografia do também maranhense Sinhô, de autoria de Wilson Marques. O livro é o primeiro da série Perfis Maranhenses, da Clara Editora.

Os Tambores de São Luís – o filme!

Por Alessandro Lamar

Quando publiquei aqui minha aventura para filmar ‘Os Tambores de São Luís’, quis apenas recordar um divertido e aventureiro momento da vida e compartilhar com os amigos, na intenção apenas de relembrar e sorrir. Mas o poder das redes sociais é algo gigantesco, incontrolável, imprevisível. Minha humilde crônica foi compartilhada no blog do amigo e parceiro de recontar e escrever fatos vividos de nossas épocas Felix Alberto Lima.

Pois eis que um cineasta carioca chamado Flavio Leandro vai produzir o filme!!! Ele entrou em contato com Felix, estava pesquisando sobre ‘Os Tambores de São Luís’ e encontrou o blog 'o redemoinho', leu a “agradável crônica”, manteve contato e, resumindo, acabei de ligar pra ele pra marcarmos um almoço. Ele já adquiriu os direitos do livro e 2014 é o ano de produzir.

Como todo bom carioca, o cara foi super atencioso comigo, educado e gentil. Falou que quer nos conhecer e quer nos (“nos” significa eu e o antigo roteirista Christian Noronha) inserir nessa jornada.

Quem diria... Chego a me emocionar! Bom, de qualquer maneira, caso não tenha vaga na equipe de produção ou qualquer outra, pedirei a ele apenas uma participação especial, que já defini em 05 possibilidades:

- Posso aparecer em alguma cena servido um café ou arrumando alguma coisa, que pode ser também um cocheiro, peão de fazenda;

- Posso fazer uma cena de figurante do POVO em destaque, aqueles que ficam bem na frente, gritando, protestando sobre algo (que pode ser inclusive no momento do julgamento da Baronesa de Grajaú);

- Posso fazer o papel do meu bisavô, o maestro Pedro Gromwell, que encontra Damião no centro da cidade;

- Posso também carregar uma das alças de um caixão, aparecer num bar, sentando numa calçada, mas sempre com alguma frase ou close;

- Posso fazer uma figuração de algum seminarista.

Quanto a Christian, pensei em personagens de destaque para ele no filme:

- Qualquer personagem barrigudo, ou

- O cara dentro do caixão.

Vamos aguardar os próximos capítulos!